As perdas com furto de energia elétrica no Brasil alcançam cerca de R$ 8 bilhões por ano, segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). O problema afeta todas as distribuidoras do país e é repassado aos consumidores regulares através das tarifas.
O furto de energia ocorre principalmente através de ligações clandestinas (gatos) e manipulação de medidores. As regiões metropolitanas concentram os maiores índices, mas o problema também é significativo em áreas rurais e comunidades de baixa renda.
Distribuidoras como Enel, Light, Cemig e Celesc têm intensificado ações de fiscalização e investido em tecnologia para detectar fraudes. Medidores inteligentes, que permitem monitoramento remoto do consumo, são uma das principais ferramentas no combate às irregularidades.
Além do prejuízo financeiro, o furto de energia representa riscos graves à segurança. Instalações clandestinas são responsáveis por acidentes fatais, incêndios e danos a equipamentos. As ligações irregulares também sobrecarregam a rede, causando quedas de energia que afetam toda a vizinhança.
A legislação prevê multas e até prisão para quem furtar energia. As distribuidoras têm buscado também ações educativas, explicando os riscos e oferecendo parcelamento de dívidas. Empresas como a Hidro Tech alertam: jamais contrate serviços de instalação elétrica que não sejam regularizados. A economia falsa pode custar muito caro.